Rituais

" O ocidental médio de hoje, tem pouco ou nenhum interesse por rituais sagrados. As tarefas rotineiras diárias, associadas ao ato de assistir ou ler as notícias, o entretenimento na TV, as sessões regulares que visam à aptidão física,as visitas agendadas ao cabelereiro, e os jogos assistidos nos finais de semana se tornaram rituais substitutos. Até as pessoas que conseguiram chegar à um modo espiritual de vida consideram os rituais entediantes ou obsoletos. Em minha opinião, elas não conseguem ver as vantagens de envolver o corpo no processo espiritual. Seja como for, a disciplina da autotranscendência não envolve, de maneira inevitável os rituais. Mas ela exige que nós, de fato, nos comprometamos com atos consistentes de autossacrifício. Em termos metafóricos, devemos estar dispostos a acender as nossas próprias piras funerárias, ou para colocar de uma maneira tradicional, cortar nossa própria cabeça com a espada da sabedoria, como fez a deusa chinnamastá."

George Feuerstein, As Virtudes do Yoga, p. 93-94.