28 February 2008

Flor de Lótus


"No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração."



13 February 2008

SHANTIHPATHAH


ॐ सह नाववतु। सह नौ भुनक्तु। सह वीर्यं करवावहै।
तेजस्विनावधीतमस्तु मा विद्विषावहै॥
ॐ शान्तिः शान्तिः शान्तिः॥
om saha nāvavatu | saha nau bhunaktu | saha vīryaṁ karavāvahai |
tejasvināvadhītamastu mā vidviṣāvahai ||
om śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ ||

Que Ele proteja a nós dois.
Que Ele nos faça apreciar (a Realidade).
Que nós tenhamos muita energia.
Que nosso estudo tenha muita luz.
Que nós dois nunca nos desentendamos.
Om Paz Paz Paz.

(Taittirya Upanishad)


"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos." Marcel Proust

09 February 2008

"O conhecimento do absoluto não depende de nenhum livro, nem de nenhuma outra coisa; é absoluto em si mesmo. Por mais que se estude, não se obtêm esse conhecimento; não é teoria, é realização." Swami Vivekananda

01 February 2008

Karma Yoga




Karma Yoga: lavando a louça por lavar
Thich Nhat Hanh

Segundo o sutra da mente desperta, enquanto se lava a louça, deve-se somente lavar a louça, o que quer dizer: enquanto se está lavando a louça, deve-se estar totalmente cônscio do fato de que se está lavando louça. O fato de eu estar nesse lugar lavando louça é uma realidade maravilhosa.

Estou aí, totalmente cônscio de mim, acompanhando minha respiração, sentindo minha presença, observando meus pensamentos e ações. Não há como minha mente se dispersar como a espuma das ondas batendo contra os penhascos. Se ao lavarmos a louça ficamos com o pensamento voltado apenas para a xícara de chá que iremos saborear a seguir, a tarefa se torna como um fardo.

Procuraremos automaticamente limpar a louça às pressas para nos livrar da chateação e não estaremos “lavando a louça por lava-la”. Estaremos na verdade sendo incapazes de reconhecer o milagre da vida enquanto à beira da pia. E se não somos capazes de lavar a louça por lavar, é pouco provável igualmente que seremos capazes de saborear o chá a seguir.

Pois ao tomarmos o chá estaremos com o pensamento voltado para outras coisas, inconscientes para o fato de que temos uma xícara de chá nas mãos. Dessa forma estaremos sendo sugados para fora da realidade presente – e incapazes de viver em totalidade um minuto sequer.
Extraído do livro “Paz a cada passo”.